INTRODUÇÃO
O ensino da matemática tem sido um desafio para o professor. Primeiro
porque não se ensina matemática, mas sim se constrói o conceito de matemática
no aluno desde a educação infantil.
Saber as fases de desenvolvimento da criança é essencial para que o
professor produza as práticas necessárias e saiba atuar na zona de desenvolvimento.
Os jogos na matemática, tem sido de grande ajuda na prática do
professor, pois, pode levar o aluno a desenvolver e apurar as habilidades na
construção do raciocínio lógico matemático.
Conhecer a história da humanidade em relação à construção do sistema
numérico é outro ponto que precisa ser destacado, pois esse conhecimento trará
ao aluno uma compreensão da utilidade da matemática no dia-a-dia.
O trabalho desenvolvido pelo grupo apresenta alguns conceitos e
atividades que serão postadas em um blog, onde poderá ser compartilhada por
inúmeros docentes que se preocupam em aprimorar suas práticas de ensino.
AS INTERVENÇÕES DO PROFESSOR PARA CRIANÇAS DA EDUCAÇÃO INFANTIL E ENSINO
FUNDAMENTAL I
A criança
mesmo antes de entrar na escola já se confronta com situações envolvendo os
números, quantidades, noções de espaços entre outros. O conhecimento que uma criança adquire em um determinado ano
da sua vida escolar será levado para os anos seguintes, nos quais irá
aprimorá-lo. Uma criança que inicia o 1º ano do ensino fundamental estará ao
final do 5º ano conseguindo identificar mais símbolos, desenvolver com mais
facilidade alguns raciocínios matemáticos.
Na educação
infantil as crianças utilizam recursos próprios e poucos convencionais para
resolverem problemas cotidianos como conferir figurinhas, repartir balas entre
os amigos, mostrar a idade com os dedos, marcar pontos em um jogo, também
começam a identificar posições das carteiras, compararem distâncias e etc. Tais
vivências são as primeiras formulações de conhecimentos matemáticos.
É preciso
criar situações para que o aluno estabeleça relações, de modo que faça
construções renovadas e assim se aproprie da compreensão de um conhecimento. O
número, a medida e o espaço são construções que a criança elabora em sua
vivência com o outro e com o meio em que está inserida agindo e interagindo.
Segundo
A. Zaballa (Prática educativa, editora Artmed), tudo que fazemos em sala de
aula (e fora dela), por menor que seja, incide em maior ou menor grau na
formação de nossos alunos. Na maneira de organizar a aula, o tipo de
incentivos, as expectativas que depositamos, os materiais que utilizamos, cada
uma destas decisões veicula determinadas experiências educativas, e é possível
que nem sempre estejam em consonância com o pensamento que temos a respeito do
sentido e do papel que hoje em dia tem a educação
Na escola
as primeiras experiências de matemática devem estar baseadas no aproveitamento
do conhecimento que a criança traz consigo; no manuseio de objetos, observações
e ações, na utilização de material concreto, de modo a oferecer o pensamento
intuitivo, poisos conhecimentos matemáticos adquiridos
durante esses primeiros anos da educação de uma criança podem ser considerados
como a alfabetização matemática, qualquer fase quebrada ou conhecimento não
absorvido pode deixar marcas que só serão identificadas depois de muito tempo,
podendo ser tarde demais.
Conceito
do número
Foi contando objetos com outros objetos que a humanidade começou a
construir o conceito de número,Um
número é um conceito matemático para a representação de medida, ordem ou
quantidade.
Os números de ordem (primeiro, segundo,
terceiro...) são designados por ordinais e os de quantidade (1, 2,3...) são
designados por cardinais. Números de medida ou quantidade são expressos na
base decimal pelos algarismos 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, podendo ter uma
parte inteira (antes da vírgula) e uma parte decimal (após a vírgula). Por
exemplo, o número 2,37 tem 2 como parte inteira e 0,37 como parte decimal.
No início
é fundamental a ação de quantidade através das comparações de elementos, a
princípio com poucas quantidades aumentando-as gradativamente. É preciso variar
muito os materiais e o contexto (atividades ou jogos). Para que a criança se
senta desafiada a experimentar, conhecer o novo, criar estratégias e confrontar
os dados da intuição com os da lógica.
Educação
Infantil
No 1º ciclo da
educação infantil podemos utilizar cantigas e rimas infantis que envolvam
contagem e números, aproveitar as situações cotidianas que permitam a
familiarização com as ideais matemáticas, organizar com os alunos quadro de
aniversariante, contendo a data do aniversário e a idade de cada um, utilizar
calendário, números de calçados dos alunos para que observem e comparem as
diferenças, organizar espaços com diferentes circuitos e obstáculos com
cadeiras, mesas, pneus panos para construção gradativa de conceitos como
dentro/fora, em cima/embaixo, alto/baixo.
No 2º ciclo
da educação infantil podem-se promover situações de
contagem oral nas brincadeiras e em situações nas quais os alunos reconheçam
sua necessidade, proporcionar a partir do contexto real, desafios em que os
alunos possam juntar tirar, repartir e registrar quantidades de forma não convencional,
disponibilizar materiais para apoio na resolução de operações (palitos,
desenhos, tampinhas, etc.), propor situações em que o aluno possa comparar
quantidades e escritas numéricas (ordem, sucessor e antecessor) registrando e
justificando suas escolhas-regularidades e irregularidades.
Ensino Fundamental
No 1º ciclo do
ensino fundamental podemos propor aos alunos que pesquisem os diferentes
lugares onde encontramos os números, investiguem como são organizados e a
função, organizar situações em que os alunos explorem os diversos portadores
numéricos (número de páginas, tabelas, gráficos, encartes de supermercado e
lojas, álbum de figurinhas, celular, calculadora) e instrumentos de medida
(reta e fita métrica etc.).
No 2ºciclo do
ensino fundamental pode-se trabalhar com situações frequentes que envolva o uso
da calculadora para realizar cálculos, validar suas estratégias e resultados,
sistematizar os saberes dos alunos para que utilizem as técnicas operatórias
convencionais, levantar hipóteses e tomar decisões na resolução de
situações-problemas.
Cabe ao
educador ser o mediador na formação de conceitos e na expressão oral da
criança, estimulando-a para que expresse verbalmente seu raciocínio, procurando
compreender o caminho percorrido no processo mental.
BIBLIOGRAFIA
CERULLO,
Maria Inez de Castro. SHIRAHIGE, Maria Tomier. CHACUR, Regina Maria. Ponto
de Partida: alfabetização matemática. 1º ano: ensino fundamental. 1
ed.- São Paulo: Editora Sarandi, 2008. (Coleção Ponto de Partida) Manual do
Professor.
APOSTILA
DE MATEMÁTICA DO SISTEMA DE ENSINO PUERI DOMUS 5º ANO.
Nenhum comentário:
Postar um comentário