sexta-feira, 27 de setembro de 2013

As Intervenções do professor para crianças da Educação Infantil e Ensino Fundamental I

INTRODUÇÃO


O ensino da matemática tem sido um desafio para o professor. Primeiro porque não se ensina matemática, mas sim se constrói o conceito de matemática no aluno desde a educação infantil.
Saber as fases de desenvolvimento da criança é essencial para que o professor produza as práticas necessárias e saiba atuar na zona de desenvolvimento.
Os jogos na matemática, tem sido de grande ajuda na prática do professor, pois, pode levar o aluno a desenvolver e apurar as habilidades na construção do raciocínio lógico matemático.
Conhecer a história da humanidade em relação à construção do sistema numérico é outro ponto que precisa ser destacado, pois esse conhecimento trará ao aluno uma compreensão da utilidade da matemática no dia-a-dia.
O trabalho desenvolvido pelo grupo apresenta alguns conceitos e atividades que serão postadas em um blog, onde poderá ser compartilhada por inúmeros docentes que se preocupam em aprimorar suas práticas de ensino.

AS INTERVENÇÕES DO PROFESSOR PARA CRIANÇAS DA EDUCAÇÃO INFANTIL E ENSINO FUNDAMENTAL I

A criança mesmo antes de entrar na escola já se confronta com situações envolvendo os números, quantidades, noções de espaços entre outros. O conhecimento que uma criança adquire em um determinado ano da sua vida escolar será levado para os anos seguintes, nos quais irá aprimorá-lo. Uma criança que inicia o 1º ano do ensino fundamental estará ao final do 5º ano conseguindo identificar mais símbolos, desenvolver com mais facilidade alguns raciocínios matemáticos. 
Na educação infantil as crianças utilizam recursos próprios e poucos convencionais para resolverem problemas cotidianos como conferir figurinhas, repartir balas entre os amigos, mostrar a idade com os dedos, marcar pontos em um jogo, também começam a identificar posições das carteiras, compararem distâncias e etc. Tais vivências são as primeiras formulações de conhecimentos matemáticos.
É preciso criar situações para que o aluno estabeleça relações, de modo que faça construções renovadas e assim se aproprie da compreensão de um conhecimento. O número, a medida e o espaço são construções que a criança elabora em sua vivência com o outro e com o meio em que está inserida agindo e interagindo.
Segundo A. Zaballa (Prática educativa, editora Artmed), tudo que fazemos em sala de aula (e fora dela), por menor que seja, incide em maior ou menor grau na formação de nossos alunos. Na maneira de organizar a aula, o tipo de incentivos, as expectativas que depositamos, os materiais que utilizamos, cada uma destas decisões veicula determinadas experiências educativas, e é possível que nem sempre estejam em consonância com o pensamento que temos a respeito do sentido e do papel que hoje em dia tem a educação
Na escola as primeiras experiências de matemática devem estar baseadas no aproveitamento do conhecimento que a criança traz consigo; no manuseio de objetos, observações e ações, na utilização de material concreto, de modo a oferecer o pensamento intuitivo, poisos conhecimentos matemáticos adquiridos durante esses primeiros anos da educação de uma criança podem ser considerados como a alfabetização matemática, qualquer fase quebrada ou conhecimento não absorvido pode deixar marcas que só serão identificadas depois de muito tempo, podendo ser tarde demais.

Conceito do número 

Foi contando objetos com outros objetos que a humanidade começou a construir o conceito de número,Um número é um conceito matemático para a representação de medida, ordem ou quantidade.
 Os números de ordem (primeiro, segundo, terceiro...) são designados por ordinais e os de quantidade (1, 2,3...) são designados por cardinais. Números de medida ou quantidade são expressos na base decimal pelos algarismos 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, podendo ter uma parte inteira (antes da vírgula) e uma parte decimal (após a vírgula). Por exemplo, o número 2,37 tem 2 como parte inteira e 0,37 como parte decimal.
No início é fundamental a ação de quantidade através das comparações de elementos, a princípio com poucas quantidades aumentando-as gradativamente. É preciso variar muito os materiais e o contexto (atividades ou jogos). Para que a criança se senta desafiada a experimentar, conhecer o novo, criar estratégias e confrontar os dados da intuição com os da lógica.

Educação Infantil
No 1º ciclo da educação infantil podemos utilizar cantigas e rimas infantis que envolvam contagem e números, aproveitar as situações cotidianas que permitam a familiarização com as ideais matemáticas, organizar com os alunos quadro de aniversariante, contendo a data do aniversário e a idade de cada um, utilizar calendário, números de calçados dos alunos para que observem e comparem as diferenças, organizar espaços com diferentes circuitos e obstáculos com cadeiras, mesas, pneus panos para construção gradativa de conceitos como dentro/fora, em cima/embaixo, alto/baixo.
No 2º ciclo da educação infantil podem-se promover situações de contagem oral nas brincadeiras e em situações nas quais os alunos reconheçam sua necessidade, proporcionar a partir do contexto real, desafios em que os alunos possam juntar tirar, repartir e registrar quantidades de forma não convencional, disponibilizar materiais para apoio na resolução de operações (palitos, desenhos, tampinhas, etc.), propor situações em que o aluno possa comparar quantidades e escritas numéricas (ordem, sucessor e antecessor) registrando e justificando suas escolhas-regularidades e irregularidades.

Ensino Fundamental
No 1º ciclo do ensino fundamental podemos propor aos alunos que pesquisem os diferentes lugares onde encontramos os números, investiguem como são organizados e a função, organizar situações em que os alunos explorem os diversos portadores numéricos (número de páginas, tabelas, gráficos, encartes de supermercado e lojas, álbum de figurinhas, celular, calculadora) e instrumentos de medida (reta e fita métrica etc.).
No 2ºciclo do ensino fundamental pode-se trabalhar com situações frequentes que envolva o uso da calculadora para realizar cálculos, validar suas estratégias e resultados, sistematizar os saberes dos alunos para que utilizem as técnicas operatórias convencionais, levantar hipóteses e tomar decisões na resolução de situações-problemas.
Cabe ao educador ser o mediador na formação de conceitos e na expressão oral da criança, estimulando-a para que expresse verbalmente seu raciocínio, procurando compreender o caminho percorrido no processo mental.

BIBLIOGRAFIA
CERULLO, Maria Inez de Castro. SHIRAHIGE, Maria Tomier. CHACUR, Regina Maria. Ponto de Partida: alfabetização matemática. 1º ano: ensino fundamental. 1 ed.- São Paulo: Editora Sarandi, 2008. (Coleção Ponto de Partida) Manual do Professor.
APOSTILA DE MATEMÁTICA DO SISTEMA DE ENSINO PUERI DOMUS 5º ANO.

Nenhum comentário:

Postar um comentário